No ar, mil textos de Aloysio Biondi

Sete anos de catalogação de material impresso, pesquisas em bibliotecas públicas, festas e venda de camisetas para levantar recursos, visitas a jornais, discussões via e-mail, construção de página na internet, escaneamento, xerox e digitação, mutirões de inserção de textos. O resultado? Mil artigos e reportagens no ar. Essa é a marca comemorada neste neste maio pelo projeto O Brasil de Aloysio Biondi (www.aloysiobiondi.com.br), que sistematiza a obra do jornalista, vencedor de dois prêmios Esso e apontado como um dos nomes de referência do jornalismo econômico no Brasil.

Entre os temas abordados estão soberania nacional e dependência externa, privatizações e o papel do Estado, agricultura, emprego e renda, meio ambiente, direitos do consumidor e ética jornalística. Até o momento, o acervo online  abrange a produção de Biondi – meu pai – nas décadas de 60, 70, 80 e 90, incluindo as matérias com que ele venceu o Prêmio Esso.

A página, toda em em software livre, traz também depoimentos de Aloysio Biondi em áudio e vídeo, além de fotos de momentos marcantes de sua carreira e de sua vida e reproduções fotográficas de alguns de seus principais trabalhos. Estão ali, ainda, testemunhos sobre ele escritos por Luis Fernando Verissimo, Emir Sader, Washington Novaes, Janio de Freitas e Ziraldo, entre outros. Outro destaque é o perfil biográfico do jornalista elaborado por Thais Sauaya Pereira como trabalho de conclusão de curso na Faculdade Cásper Líbero.

O site, no ar desde dezembro, foi montado a partir do projeto de memória de Biondi, iniciado em 2000, ano de sua morte. Trata-se de um projeto coletivo, que reúne mais de 50 pessoas em participação voluntária. Colaboram parentes, amigos, ex-alunos e leitores do jornalista. Contabilizando os que ofereceram colaborações mais esporádicas – revisar um texto, por exemplo -, o número de participantes passa de 200. A programação e o desenvolvimento são de Vitor Reis e Isabela Fernandes, ao passo que a criação e o design couberam a Renato Almeida Prado.

A estimativa é que o material disponível corresponde a cerca de metade da produção do jornalista. “Sabemos que ainda temos muito trabalho pela frente, no site e na organização do arquivo do Biondi, mas os mil textos certamente merecem comemoração”, diz o coordenador do projeto, Antonio Biondi.

Ele acrescenta que, ao lado homenagem, existe a intenção de colaborar com a vida democrática e a discussão dos grandes temas do país: “Acredito que a expectativa de todo o grupo que construiu o projeto é que o site contribua efetivamente com os debates por um Brasil melhor e um jornalismo mais próximo do povo”.

Contatos:

E-mail: brasilbiondi@yahoo.com.br
São Paulo: Antonio Biondi – (11) 7488-5449
Brasília: Pedro Biondi – (61) 8162-1991
Rio de Janeiro: Oona Castro – (21) 8181-2505

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3 Respostas to “No ar, mil textos de Aloysio Biondi”

  1. Antonio Biondi Says:

    Peter, Peter. Muito legal o blog, hein, irmão? Até comentários de NY, de uma escritora, até corrigindo uma frase antológica! Parabéns. E valeu também pela divulgação muito bem feita do site do Biondi. Saiu no Comunique-se, Portal Imprensa, Blog da Soninha, Oboré, sindicatos… Nos mais diversos públicos! Abraços, mano Tonho

  2. Márcio Parisi Says:

    Não consegui abrir o site. Deve haver algum problema técnico. Editamos aqui em Mococa_SP, um jornal pequeno, 4 páginas, mensalmente, para estudantes. Tem a intenção de despertar o interesse pela leitura. O jornal é distribuído gratuitamente. Gostaríamos de acessar a obra jornalística de Aloisio Biondi e divulgar trechos ou reproduzir artigos para que as pessoas possam conhecer. Posso mandar pelo correio os números já publicados para verificarem a qualidade e a seriedade do trabalho.
    Grande abraço.

    MP

  3. pedrobiondi Says:

    Caro Márcio, o site do projeto estava mesmo com um problema técnico e já voltou ao ar. Confira lá.

    Queremos, claro, receber exemplares do jornal que vocês editam em Mococa (onde, por sinal, meu pai cursou o científico)! Vou lhe mandar, por e-mail, meu endereço.

    Ah: todo o material do site O Brasil de Aloysio Biondi é de livre-reprodução, desde que a página seja citada. Com o meu blog, mesma coisa.

    Grande abraço!

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